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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

LULA ENTREGA ECT NAS MÃOS DA PRIVATARIA* E DOS TERCEIRIZADOS

Mesmo sem aprovação da legislação que define a ECT como S/A e sua conseqüente privatização Lula entrega diretoria da empresa ao comando das ACFs e dos terceirizados.

O presidente Lula promoveu a troca de comando na diretoria ECT com o discurso superação da crise no sistema postal do país e combater o fisiologismo partidário, para evitar a contaminação política de sua candidata à presidente, que pagava ônus pelo aparelhamento dos Correios, levado a efeito pelo Governo Lula e para ser justo, de todos os seus antecessores.

O discurso do governo não conseguiu se sustentar nem um mês, primeiro foi a entrega da presidência da ECT para o senhor David Mattos, indicado pelo Senado Gin Argello do PTB do Distrito Federal e dono da maior agência franqueada do DF e uma das maiores do país. Depois a imprensa denuncia que o Diretor de Operações nomeado por Lula Eduardo Artur Rodrigues é dono de uma empresa aérea de transporte de mala posta que atua na mais importante linha da RPN.

Assim os dois mais importantes cargo na empresa, a Presidência e Diretoria de Operações, estão entregue nas mãos ACFs e das companhias aéreas que terceirizam serviços da ECT. Assim fica claro que não passa de balela essa história de plano de contingência para evitar o apagão postal com o fechamento das ACFs e o fim dos contratos superfaturados das companhias aéreas.

O plano de contingência proposto pela empresa não evitará o colapso do serviço de atendimento postal no país que hoje já trabalha acima do limite e não tem estrutura funcional, muito menos física para absorver um aumento de 40%, ou seja, o plano de contingência visa justificar a manutenção com mais vantagens das “licitações” das ACFs. Da mesma forma serão tratados os contratos da RPN.

Veja em anexo matéria do Jornal O estado de São Paulo sobre as “atividades empresariais” do Diretor de Operações da ECT nomeado por Lula a pedido de seu compadre que advoga para as empresas aéreas.

Um abraço
Ezequiel
   
* O termo Privataria mescla as palavras privatização e pirataria e é utilizado para descrever o processo de privatizações de empresas estatais no Brasil.


sábado, 28 de agosto de 2010

Novo diretor de Operações dos Correios assume sob nuvem de suspeita

O título da reportagem já diz muita coisa heheh imaginem o que deve ter atrás dessa "nuvem de suspeita"...


Novo diretor de Operações dos Correios assume sob nuvem de suspeita

O novo diretor de Operações dos Correios, Eduardo Artur Rodrigues da Silva, assume o cargo cheio de problemas.

28 Ago 2010 . 13:05 h . Agência Estado .

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu no dia 28 de julho a cúpula dos Correios por temer que o fisiologismo partidário ampliasse a crise administrativa na estatal e respingasse na campanha eleitoral, mas a iniciativa pode ter sido infrutífera. O novo diretor de Operações dos Correios, Eduardo Artur Rodrigues da Silva, assume o cargo sob uma nuvem de suspeita.

Conhecido no setor da carga aérea como "coronel Artur" ou "coronel Quaquá", ele chegou à estatal com o apoio do compadre de Lula, o advogado Roberto Teixeira. Presidia uma empresa de transporte de mala postal, a Master Top Linhas Aéreas (MTA). Vinte dias antes de ser escolhido para a função, a MTA arrematou o contrato de uma das principais linhas da estatal, a Linha 12, que opera no trecho Manaus-Brasília-São Paulo. A empresa, com sede em Campinas, venceu o pregão eletrônico com o lance de R$ 44,9 milhões.

Charge: Corrupção nos Correios

Confira aqui.

ECT acusa franqueados de 'roubar' os bancos e empresas de telefonia em 'concorrência desleal'

A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) quer retomar o filé do serviço de encomendas para grandes clientes corporativos, como bancos e operadoras de telefonia, que paulatinamente foram parar nas mãos dos franqueados.

Pelo menos R$ 1,5 bilhão está em jogo, razão pela qual os Correios querem tirar das franquias esses clientes, considerados estratégicos pela estatal.

Multinacionais voltam atenção para os Correios

Karla Mendes / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
As multinacionais estão de olho no mercado dos Correios. A indefinição sobre a licitação das agências franqueadas da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), com data limite para ocorrer até 10 de novembro, deixa à mercê das empresas estrangeiras que operam no Brasil o mercado milionário dos serviços que a estatal não detém o monopólio, a exemplo do envio de mala direta e de encomendas.


Operação de guerra nos Correios

A estatal lança um plano emergencial para conter a crise das agências franqueadas, mas ainda há risco de um apagão postal

Por Rodolfo Borges
Os Correios iniciaram uma operação de guerra para minimizar os efeitos que o impasse com suas 1.415 agências franqueadas devem provocar a partir do dia 10 de novembro.

Pauta dos trabalhadores aprovada na base foi protocolada em Brasília


Campanha Salarial dos Correios 2010.
Pauta dos trabalhadores aprovada na base foi protocolada em Brasília no dia 25 de agosto 2010. 

Os Representantes dos sindicatos de oposição a maioria da FENTECT (federação nacional dos trabalhadores em empresa de correios telégrafos e similar) protocolaram neste ultimo dia 25 de agosto na direção central dos correios em Brasília a pauta de reivindicação dos trabalhadores construída e aprovada nos assembléias entre os dias 10 a 19 de agosto. No ato da entrega da pauta estiveram presente 08(oito) sindicatos do bloco; SINTECT-PB, SINTECT-PE, SINTECT-AM, SINTECT-GO, SINTCOM-PR, SINTECT-RS, SINTECT-VP, SINTECT-SJO, mais os diretores da FENTECT que fazem parte da frente de oposição, Geraldinho- CSP-CONLUTAS, Nilson MRL e Henrique Ecetistas em Luta.

Nem o presidente, Jose Davi de matos e nem o diretor de gestão de pessoas, Nelson oliveira de Freitas quiseram receber os representantes dos sindicatos do bloco. Após insistimos que queríamos ser recebido o coordenador do comitê permanente de relação do trabalho (CPRT)Manoel Cantoara recebeu os representantes dos sindicatos, mais segundo ele não podia receber a pauta, porque se fizesse isso estaria aceitando discutir campanha salarial em 2010.

Os representantes do bloco deixaram bem claro para a direção da empresa que a pauta da campanha foi aprovada pelos os trabalhadores em assembléias na base destes sindicatos que assinaram a pauta e que vão lutar ate o fim para fazer a campanha salarial 2010. 

O bloco avalia que nas assembléias marcada para o dia 01 de Setembro em todo pais vamos discutir nestas, com todos os trabalhadores o fortalecimento da nossa campanha pela a base e atropelar os pelegos traidores que assinaram o acordo bianual. 

Caiu a ficha: Como os sindicalistas governistas não tem coragem de explicar para os trabalhadores que o acordo bianual que eles assinaram só terá 0,1% de repasse este mês, e muitos trabalhadores achavam que neste mês de agosto receberiam 4,5% agora que os contra cheques eletrônico começaram a sair e ficou confirmado o reajuste de apenas 0,1% esta criando muita revolta na base. Neste sentido fazemos um chamado a todos os trabalhadores para encampar a proposta do bloco de fazer campanha salarial em 2010.

Campanha Salarial 2010 já!

Campanha salarial 2010 já! Esta é nossa palavra de ordem.

Em reunião no dia 07-08 na cidade de São Paulo, o bloco dos 17 sindicatos oposição a maioria da FENTECT que são contrários ao acordo bianual, decidiu unificar uma pauta de reivindicação e organizar a campanha salarial 2010.

Os representantes de diversos sindicatos que compõem a Frente de 17 sindicatos se reuniram na cidade de São Paulo e decidiram apresentar uma pauta de reivindicação unificada para ser aprovada pelos trabalhadores nas assembléias do dia 10 a 17 de agosto, e a partir daí organizar a campanha salarial 2010 dos trabalhadores dos Correios.

As resoluções aprovadas na reunião de forma consensual, sem nenhuma votação, pois nos dias 21 a 24 de julho, data que deveria ser realizado o 29º. Conrep, os diretores da Fentect (ligados ao PT- PCdoB sabotaram o encontro, para que não houvesse a aprovação de campanha salarial, pois estavam em minoria, portanto perderiam todas as propostas que buscasse anular o fraudado acordo bianual.

Foram aprovadas pelos representantes dos sindicatos:

1 - Estabelecer um eixo de campanha com as seguintes questões:
  • Aumento real de salário de R$ 300,00 Linear a toda categoria;
  • Contra os Correios S.A;
  • Pela imediata realização do Concurso Publico;
  • Reposição da perdas salariais dos últimos anos de 35%

2 - Além deste eixo de campanha, a pauta de reivindicação se baseará na pauta de reivindicação de 2009.

3 - A pauta de reivindicação será defendida nas assembléias do dia 10 a 17 de agosto de 2010.

4 – Conforme deliberada na reunião do 07 – 08 , foi sistematizada a pauta no dia 19 de agosto  de 2010 e enviando para os sindicatos que são contra o acordo bianual, oposição a maioria da Federação.

5 - No dia 25 será realizado um ato público em Brasília, data que também será protocolada a pauta de reivindicação da campanha salarial de 2010 a ECT.

6 - No dia 01 de setembro os sindicatos deverão fazer assembléia para avaliação da campanha salarial 2010 e indicativo de greve dos trabalhadores dos correios para o dia 15 de setembro.

7 – No dia 03 de setembro haverá uma reunião em Brasília, às 18 horas entre os representantes dos sindicatos do Bloco de 17 sindicatos contrários ao acordo bianual e oposição à maioria da direção da Fentect.

8 – No dia 15 de setembro será decretada greve nacional da categoria dos correios se a direção da ECT não acatar nossas reivindicações.

Informativo Oposição CSP-Conlutas SP

Informativo do SINTECT/VP

A luta continua depois do "CONREP"

Companheiros e Companheiras,

No último Sábado, 07/08/2010, o Bloco de Oposição a FENTECT se reuniu em São Paulo , justamente para discutir os rumos da nossa categoria para o próximo período, uma vez que a ala governista e irresponsável da FENTECT não permitiu que os trabalhadores encaminhassem a Campanha Salarial desse ano no CONREP, pois esse era o sentimento não só dos trabalhadores que compõe o Bloco, mas também o sentimento dos delegados e delegadas honestos que compõe a ala governista e é com esses trabalhadores que temos que dialogar e não com a sua cúpula que se encontra totalmente burocratizada pelo sistema e as facilidades que o “sistema” proporciona.
Os interesses da Classe trabalhadora não podem e nem devem está sendo rifado por uma dúzia de sindicalistas que apóiam a política de cooptação do governo Lula e da ECT. Perdemos bons sindicalistas nesse processo de cooptação e hoje esses ex- "defensores" da classe, se é que algum dia defenderam realmente os interesses dos trabalhadores, se encontram totalmente corrompidos pelo “sistema” e outros tantos estão querendo pegar a “boquinha” com o próximo governo, mas para isso têm que mostrarem “fidelidade” a seus “superiores”.
Rifam a categoria a todo o momento, apoiando políticas como o POSTALPREV, o PCCS da ECT, o Acordo BIANUAL, entre outros, que não trazem nenhum beneficio para os trabalhadores Ecetistas, já para o governa e a ECT alguém tem duvida que eles foram e são beneficiados? Pois é, estamos vivendo “a era do vale tudo para se dá bem" e até quando os trabalhadores aceitarão que seus interesses sejam rifados em prol de uma dúzia de “dirigentes” sindicais ligados a ARTSIND/PT, CTB/PCdoB e ASS/PT que só olham para os seus interesses individuais?
O Bloco de Oposição composto pelas forças políticas Conlutas, MRL, MR, Ecetistas em Luta e Independentes, vem se fortalecendo a cada dia e sem duvida é um grupo político que mesmo com suas diferenças estão dispostos a levar adiante a luta dos Ecetistas contra o Governo, a ECT e a FENTECT. Nesse sentido, o desafio colocado é que nós façamos uma grande Campanha Extraordinária impulsionada pela BASE e esse não é qualquer desafio, pois teremos o governo, a Empresa e “nossa” Federação contra nós, mas com os trabalhadores do nosso lado podemos vencer mais esse desafio.
Ocorrerão até o dia 01 de Setembro/10 assembleias em todos os Sindicatos e o Bloco de Oposição a FENTECT estará disputando a consciência dos trabalhadores e trabalhadoras nessas assembleias, buscando dá encaminhamentos as deliberações aprovadas na reunião do Bloco em SP.

Em Pernambuco, os Trabalhadores se reuniram em assembléia no dia de ontem, 10/08/2010 e aprovaram as seguintes deliberações:

1 - REALIZAR CAMPANHA EXTRAORDINÁRIA COM OS SEGUINTES EIXOS: CONTRA OS CORREIOS S/A E A MP QUE CRIA AS SUBSÍDIARIAS! CONTRA A SOBRECARGA DE SERVIÇO NOS CORREIOS! IMEDIATA REALIZAÇÃO DO CONCURSO PÚBLICO, CONTRATAÇÃO JÁ! AUMENTO LINEAR DE R$ 300 (Trezentos Reais) INCORPORADO AOS SALÁRIOS! 35% REFERENTE À REPOSIÇÃO DAS PERDAS SALARIAIS; PLR LINEAR, SEM METAS E SEM CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO, NO VALOR DE R$ 2.000, entre outros;

2 - APROVAÇÃO DA PAUTA E CALENDÁRIO DE LUTA PROPOSTO PELO BLOCO DE OPOSIÇÃO A FENTECT;

3 - ESTADO DE GREVE E CONSTRUÇÃO DA GREVE PARA O DIA 15 DE SETEMBRO DE 2010.

Obs. No dia de ontem várias assembléias aprovaram a Campanha Extraordinária e segue a disputa. Será que os trabalhadores estão contentes com os R$ 0,80 (oitenta centavos) que vão ganhar de reajuste em média? A maioria da FENTECT defende essa proposta junto com o governo e a ECT! Vamos esperar mais 1 (um) ano para repor as nossas perdas? Ou vamos à luta? 


Um Forte Abraço e não esqueçam: A Luta Continua!

Hálisson
SINTECT/PE
CSP-Conlutas em Correios

Boletim Informativo CSP-Conlutas SC nº08 - Agosto/2010

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Mais uma vez o concurso público é cancelado.


No dia 30/07, o novo presidente dos Correios concedeu uma entrevista ao Correio Brasiliense (veja aqui) cujo título era: "Novo presidente dos Correios elege como prioridades o concurso e a licitação das franquias". Até novembro 400 contratos de franquias serão renovados.

Em 04/08, o presidente David José de Matos, deu mais uma barrigada e o concurso público não vai sair tão logo. Pelo visto ele não mentiu quando disse que o concurso público é sua prioridade heheh, veja a matéria abaixo:


Correios decidem adiar concurso marcado para setembro

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Vejam a entrevista do novo presidente dos Correios, no jornal Correio Brasiliense

Novo presidente dos Correios elege como prioridades o concurso e a licitação das franquias

Mariana Mainenti
Publicação: 30/07/2010 08:41

O engenheiro David José de Mattos abre a porta de sua sala na Novacap e logo pede desculpas: “Não reparem porque não tem mais quase nada aqui, estou me mudando”. Na entrevista concedida ao Correio Braziliense em seus últimos momentos como secretário-geral da estatal do GDF, Mattos conta como conheceu a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, na Eletronorte, onde ambos trabalhavam. “Ela era novinha, tinha 19 anos, trabalhava em outra divisão. Mas não era uma secretária, era muito mais do que isso”. Assim que assumiu a chefia de outra divisão, não teve dúvidas: convidou a então estudante de Direito para trabalhar com ele: “Em um mês, ela era o meu braço direito”.

Três décadas depois, é por indicação de Erenice Guerra que ele assume a Presidência dos Correios (ECT), com a missão de sanear a empresa, que perdeu credibilidade e eficiência nos últimos anos. “Foi um pedido do presidente (Lula) para que ela monitorasse essa mudança nos Correios. Recebi essa missão e vou tentar fazer o melhor possível”, afirma Mattos, que teve ontem sua primeira reunião com a diretoria da empresa. Além dos diretores e da ministra, estavam presentes os titulares das pastas do Planejamento, Paulo Bernardo, e das Comunicações, José Artur Filardi Leite.

Saiu de lá com o discurso afiado e com quatro prioridades: realizar o concurso para os Correios em setembro, fazer a licitação para as franquias da empresa até novembro, melhorar a autoestima dos funcionários e regularizar as entregas de encomendas por via aérea. Ele também promete fazer uma grande intervenção nas regionais da companhia, nas quais o aparelhamemento político é evidente. A briga de diversas correntes por poder é um dos principais motivos para os péssimos resultados da estatal.

Os Correios estavam nas mãos do PMDB de Minas Gerais. Agora, serão comandados pela ala do partido do Distrito Federal, que tem como principal líder Tadeu Filippelli, o vice da chapa do petista Agnelo Queiroz na disputa pelo comando da capital do país. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Intervenção nas regionais da ECT

Quais serão as prioridades do senhor à frente dos Correios?
Depois das muitas acusações de irregularidades lá dentro, começou a haver uma pressão muito grande em cima dos empregados, de tal forma que eles perderam a segurança de trabalhar. Sentem-se acuados. A ideia é aproveitar esses cinco meses que tenho à frente da empresa para resolver algumas questões primordiais. Por exemplo, o concurso. Vão marcar a prova para 19 de setembro. Já externei a preocupação de que tudo ocorra sem problemas. Porque os últimos concursos no Brasil… Vira e mexe, existe vazamento de informações. Você já imaginou? Há um milhão de pessoas concorrendo a esses cargos. A gente tem, também, que atacar a questão da regularização da parte de encomendas áreas. Houve atraso na contratação, o que está afetando o desempenho dos Correios.


"Quando as encomendas atrasam, é lógico que as pessoas vão enviá-las de outra forma. Se elas chegarem no prazo certo, a tendência é que as receitas cresçam"

Depois do Plano de Demissão Voluntária (PDV), houve contratação de terceirizados. Essas empresas vão continuar trabalhando nos Correios?
Conversei hoje com os diretores e eles entendem que nós vamos precisar de uma terceirização para enfrentar a demanda de final de ano. Temos eleições, concursos do tipo do Enem, que exigem muito. Sem falar no Natal. Já está em andamento a contratação de pessoal temporário para cobrir a demanda. Com o concurso acontecendo em setembro, já nos primeiros meses de 2011 haverá a resposta e a mão de obra dos Correios voltará a ter o mínimo necessário.

Serão feitas licitações para as franquias?
Nós vamos fazer a licitação até novembro. É uma data fatal para os Correios.

Haverá espaço para modernizar os Correios?
Seria hipócrita da minha parte dizer isso. A gente tem que focar nesses assuntos em que pode interferir e melhorar. No próximo governo, a coisa já não estará como foi há dois, três meses atrás. Essa é a recomendação do presidente Lula, que nos foi passada pela ministra-chefe da Casa Civil. Nossa missão é recuperar a autoestima dos empregados e fazer com que os Correios possam superar essa crise.

É possível melhorar o tempo de entrega de encomendas?
Os Correios acontecem nas regionais. Em algumas delas, os índices de qualidade estão aquém daqueles que os Correios vinham adotando. O primeiro diagnóstico que a gente fez é que, talvez, o corpo central de Brasília tenha se distanciado das regionais e houve muita interferência na nomeação desse pessoal. Vamos ter que atuar nelas de tal forma que a gente exija o compromisso e possa mudar. Isso é imediato. Quando as encomendas atrasam, é lógico que as pessoas vão enviá-las de outra forma. Se elas chegarem no prazo certo, a tendência é que as receitas cresçam.

Como o senhor conheceu a ministra Erenice Guerra?
Eu trabalhava numa divisão da Eletronorte e ela, numa que era cliente do meu trabalho. Ela era novinha, tinha 19 anos e era secretária. Como tínhamos muito contato, percebi que ela era muito mais do que uma secretária. Era uma auxiliar lá dentro da divisão. Quando eu assumi um departamento, a primeira pessoa que eu convidei para trabalhar comigo foi ela, mas não mais como secretária. Foi para a gente trabalhar juntos. Ela estava fazendo o curso de direito. Trabalhamos juntos cinco anos e, depois, no governo do Cristovam Buarque, no GDF. Eu estava no Metrô. Ela sempre foi uma pessoa do PT.

Desde o começo, o senhor já via o potencial da atual ministra?
Sem dúvida. Sempre uso a história dela como exemplo. Às vezes, damos oportunidade para um monte de gente, mas 90% não aproveitam a chance. Em menos de um mês, ela era meu braço direito, porque realmente se destacava das outras pessoas. Essa amizade continua, apesar de a gente ter se afastado. Ela foi para o Ministério de Minas e Energia e eu fiquei no governo do Distrito Federal. No ano passado, conversamos para eu ocupar um outro cargo no governo federal, mas acabamos achando que, naquele momento, não era uma boa. Agora, a pedido do presidente, ela precisou fazer essa mudança nos Correios e me convocou. Não tinha como dizer não. Tenho certeza de que, se fosse o contrário, se eu precisasse dela, ela viria também. Essa relação de amizade, de confiança, ajuda. Eu posso contar com ela e ela sabe que pode contar comigo.

No ano passado, o senhor foi chamado para que cargo?
Era na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Não era de diretor, mas numa área muito importante, de concessão. Um cargo complicado porque era muita demanda e, naquele momento, achei que não era interessante. Até porque era mais na área de usinas e o meu perfil como engenheiro é em sistemas. Deixamos de lado. Agora, recebi essa missão e vou tentar fazer o melhor possível.

Há quanto tempo o senhor conhece a ministra?
Hoje, na reunião, falei que nós trabalhamos juntos há 30 anos e ela me deu uma bronca. Mas ela era uma menina. Foi na década de 1980. De 1980 a 1985, ela estava em outra divisão e, de 1985 a 1990, trabalhamos lado a lado. A minha amizade com o (deputado federal pelo PMDB, Tadeu) Filippelli também começa na Eletronorte. Ele trabalhava com ela, na mesma divisão. É uma amizade que a gente tem há mais de 30 anos. Por isso, eu não podia negar esse convite que ela me fez.

A sua indicação passou pelo deputado Filippelli?
Logicamente, ela sabe da minha amizade com o Filippelli. Se eu fosse ligado a um deputado que tivesse qualquer rolo ou não fosse uma pessoa séria, pode ter certeza de que, apesar de a gente ser amigo, ela não teria me convidado. A participação do Filippelli nessa história é que ela sabia que teria o respaldo não só do PMDB de Brasília, mas do PMDB nacional. Foi tudo coincidência das nossas relações de amizade e, ao mesmo tempo, de ser ele o presidente do PMDB no Distrito Federal. O apoio político dele e o apoio técnico e pessoal dela é que fizeram com que eu fosse escolhido.

Confira aqui.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Manobra: Articulação e CTB criam tumulto em credenciamento no 29º CONREP; o caso foi parar na delegacia

Maioria da Federação Nacional dos Correios, tenta impedir o credenciamento da Oposição no evento. Devido o impasse, caso foi parar na delegacia na manhã desta sexta-feira (23).
O 29° Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Correios (CONREP) ocorre de 21 a 23 de Julho em Brasília. Neste evento são definidas representações para defender a pauta de reivindicações da categoria no ano de 2010. O encontro reúne delegados eleitos em assembléias realizadas em de todo o país.

Segundo informações do diretor da FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) pela Oposição Nacional Conlutas, Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, presente no CONREP, a maioria da Federação, representada pelas correntes governistas, ArtSind/PT e CTB/PCdoB, tenta desesperadamente, impedir o credenciamento dos delegados da Oposição, pois correm o risco de perder sua representação para este bloco. Este fato gerou um grande impasse e, na manhã desta sexta-feira (23), a maioria da FENTECT chamou a policia alegando que a Oposição estava impedindo o credenciamento dos delegados, sendo que na verdade, a Oposição exigia o credenciamento de todos os delegados eleitos nas assembleias.

A Oposição chegou a fazer um abaixo assinado solicitando a abertura do credenciamento para todos os delegados e a instalação imediata do CONREP.

Este é o clima do 29° CONREP.Desde a abertura do do 29° CONREP que ocorreu na noite de 21 de julho, a ala governista já sinalizou a que veio. Percebendo que perderiam nas principais votações, no qual seria colocada na pauta do dia a luta da categoria, tentam a todo custo, impedir qualquer debate, rasgando até a história da Federação. De início, propuseram uma pauta que não armaria os trabalhadores dos Correios para o enfrentamento necessário com a empresa e o governo no próximo período. Nem mesmo discussões sobre a Campanha Salarial e concurso público, quiseram garantir. Isso significa que os trabalhadores teriam que engolir um acordo bianual do governo sem nem mesmo debaterem a respeito.

Sabendo da insatisfação da maioria dos delegados com a pauta, os governistas e articulação, estão até o momento, tentando impedir o credenciamento, com a justificativa de que primeiro seria necessário discutir os recursos. Nunca na história do movimento ecetista foi proposto esse procedimento, afinal, como é tradição, primeiro se credenciam os delegados para depois discutir os questionamentos. O sentimento dos delegados eleitos é de revolta com a maioria da direção da FENTECT. Vários destes, que fazem parte das delegações da Articulação e CTB, manifestaram seu voto a favor da campanha salarial em 2010, o que deixou os governistas mais desesperados.

A Frente de Oposição à FENTECT chegou a acampar na noite de ontem (22), em frente à sala onde se encontram os crachás dos delegados, para evitar a manobra que seria feita pela ala governista, em que só parte dos delegados seria credenciada. Segundo informações do dirigente da Oposição da FENTECT, diante deste ataque, os delegados eleitos deixaram bem claro que "ou são credenciados todos os delegados eletos na base ou não haveria credenciamento. Os delegados estão demonstrando muita disposição para implementar ações contra a paralisia imposta pela maioria da direção da FENTECT”, salientou.

Campanha Salarial 2010 - O Bloco de Oposição pretende fazer campanha salarial em 2010, contrariando o acordo Bianual (a cada dois anos a categoria realizada campanha salarial) imposto pela maioria da direção da FENTECT na Campanha Salarial de 2009. “Este acordo de dois anos, assinado pela maioria da Federação, foi considerado uma grande traição pelo movimento ecetista, pois tirou o direito dos trabalhadores de realizarem campanha salarial em 2010 por mais conquistas”, ressaltou o diretor.

Dezessete sindicatos dos 35 filiados à Federação não aprovaram o acordo bianual, neste sentido a categoria nacionalmente vem se enfrentando contra a direção. Se organiza através da frente de oposição à FENTECT que encaminha as lutas dos trabalhadores. Realizou inclusive, uma grande paralisação no dia 26 de maio, onde 21 sindicatos de 20 estados participaram.

Contra estes ataques - A Frente de Oposição à FENTECT, da qual a Conlutas faz parte, tem dois principais objetivos, que é o de construir a luta contra o projeto de privatização da empresa, a partir do “Correios S.A.” de Lula e a Campanha 2010. Com a existência deste bloco, a Federação manteria maioria apenas por um Sindicato, além de vir perdendo espaço nas próprias bases. Assim, com medo de ser minoria, a sua política, a partir de agora, seria implodir qualquer fórum do movimento, mesmo que isso signifique passar por cima da democracia e da decisão da maioria de trabalhadores. Neste sentido, devemos divulgar em todas as instancias este ataque contra o movimento ecetista.

Da Redação, com informações do diretor da FENTECT pela Oposição Nacional Conlutas, Geraldo Rodrigues

Boletim Informativo Nº 07 - Oposição CSP-Conlutas a Direção do SINTECT/SC






Você sabe o que é o CONREP?

O CONREP (Conselho dos Representantes) é um encontro que acontece todos os anos, na maioria das vezes em Brasília, onde são discutidos vários assuntos que tratam do dia-a-dia dos trabalhadores dos Correios, como por exemplo: as deflagrações de greve, atos públicos e vários outros assuntos. As pessoas que farão parte do encontro são tiradas nas assembléias estaduais através de chapas.

A assembléia em Santa Catarina para tirada de delegados ocorreu no dias 25 de junho. Os companheiros eleitos pela Frente Nacional de Oposição (FNO) à Maioria da Direção da FENTECT para nos representar em Brasília são: Giovani de Blumenau, Gilson de Itajaí, Gisele Caran de Balneário Camboriú, Hélio Samuel de Florianópolis, Maurício Rosa de Florianópolis. Os companheiros eleitos pela direção do sindicato são: Alexandre dos Santos Gonçalves de Blumenau e Luciano Alves de Joinville.




COMO SURGIU A FRENTE NACIONAL DE OPOSIÇÃO A MAIORIA DA DIREÇÃO DA FENTECT?

Durante a campanha salarial em 2009, o presidente Lula chamou de covardes os trabalhadores que estavam em greve, lutando por melhores condições de trabalho e salário. Este recado foi muito bem entendido pelas centrais governistas e traidoras, que alguns dias mais tarde começaram a desmontar a greve. A CTB (ligada ao PCdoB) de forma burocrática e antidemocrática encerrou a greve no RJ e depois foi para SP e com a ajuda da CUT (ligada ao PT) conseguiram desmobilizar a categoria em nível nacional.

O enterro da greve teve como eixo central a candidatura de Dilma Rousseff em 2010, já que o PT e o PCdoB, preocupados em elegê-la não queriam uma greve que se chocasse com o patrão Lula este ano. Para conseguir isso, criaram o Acordo Bianual, que anula a campanha salarial no ano eleitoral.

O quadro nacional de greve terminou com 18 sindicatos, todos ligados a CUT/PT e CTB/PCdoB, aceitando o acordo bianual (destes, em alguns SINTECT’s houveram fraudes para garantir a traição). Do outro lado, estavam 17 sindicatos defendendo que o Acordo salarial fosse válido por um ano e que em 2010 tivéssemos aumento salarial.

Diante destes fatos, a FENTECT literalmente rachou em duas partes. Uma lutando contra todas estas “maracutaias” formou a FRENTE NACIONAL DE OPOSIÇÃO A MAIORIA DA DIREÇÃO DA FENTECT (FNO), composta pela CONLUTAS e parte da CUT, defendendo:
  • Anulação do Acordo Bianual, por uma campanha salarial anual;
  • Contra o PCCS da empresa e o governo Lula;
  • Não pagamento do rombo do POSTALIS com o dinheiro da categoria;
  • PLR de R$ 2.000,00;
  • Contra a privatização da ECT via Correios S/A ou qualquer outra forma como a terceirização e o sucateamento da empresa;
  • Contratação via concurso público já, para acabar com as dobras e a sobrecarga de trabalho.


A outra parte da FENTECT (CUT/CTB), defendendo a empresa e o governo Lula, com as bandeiras:
  • Aprovação do Acordo Bianual 2009/2011;
  • Implantação do PCCS que propõe o AADC no lugar do adicional de risco (30%), o banco de horas e liberdade para a empresa modificar como quiser os próximos PCCS sem consultar a categoria;
  • Implantação do Correios S/A de Lula (privatização);
  • Pagamento do rombo do POSTALIS (R$ 737 milhões) com o dinheiro dos trabalhadores da ECT.


SINTECT/SC, um caso a parte
Nosso sindicato, em 2009 posicionou-se contra o Acordo Bianual e aderiu a FRENTE NACIONAL DE OPOSIÇÃO mobilizando a categoria, porém alguns meses mais tarde o SINTECT/SC retirou-se do bloco nacional e alguns diretores liberados (Olívio, Milton, Evandro) passaram a defender a aprovação do PCCS em assembléia aqui em SC. Na última plenária nacional companheiros ligados a direção votaram para que os trabalhadores pagassem o rombo do Postalis. Ou seja, o SINTECT/SC que estava lutando junto com os trabalhadores, agora está defendendo o bloco traidor que apóia a empresa e o governo Lula.

A CONLUTAS em Correios de Santa Catarina juntamente com alguns diretores do SINTECT/SC que romperam com o Srs. Olívio, Milton, Luciano, Evandro e Beto, estão trabalhando em prol da Frente Nacional de Oposição, defendendo as propostas apresentadas pelo Bloco, como no caso da assembléia antidemocrática onde conseguimos derrotar a proposta da maioria da direção que tentou aprovar o PCCS da escravidão. Além disso, na assembléia do dia 25/06, a oposição à diretoria do SINTECT/SC elegeu 5 delegados contra 2 da diretoria, para participar do XXIX CONREP e defender a categoria. Isto mostra que os trabalhadores cansaram de serem mal representados e querem mudança.

Contatos: Giovani (47) 9116-9605 - Gilson (47) 9602-9224




Todos delegados de SC devem lutar pelos trabalhadores


Nos dias 21 a 23 de julho ocorrerá o XXIX CONREP onde poderão ser deliberado indicativo de greve em agosto com as seguintes bandeiras de luta:
  • PLR de R$ 2.000,00;
  • Contra a privatização via Correios S/A;
  • Contra o Acordo Bianual, por aumento salarial todo ano;
  • Rejeição do PCCS;
  • Fora Biffano, Fora Custódio;
  • Contratação via concurso público Já!
  • Fim das dobras e sobrecarga de trabalho e melhores condições de trabalho.


Chamamos os companheiros eleitos pela direção do sindicato (Luciano e Alexandre) a votarem junto conosco e a FRENTE NACIONAL DE OPOSIÇÃO nas propostas que defendam a categoria.

Lembramos que os 7 delegados que foram eleitos na assembléia estão representando cada trabalhador dos Correios em SC e devem ser cobrados pela base em quais propostas eles votarão em Brasília.

É dever de todos os eleitos e da direção do SINTECT/SC esclarecer para a base da categoria sobre todos os acontecimentos do CONREP.


Dia Nacional de Paralisação

Queremos esclarecer a todos os companheiros que lutaram bravamente no Dia Nacional de Paralisação (26/05), onde foram coletadas assinaturas exigindo contratação imediata via concurso público e distribuição da carta aberta e que tiveram o dia descontado, cabe lembrar que o SINTECT/SC tem a responsabilidade de encaminhar ajuizamento de ação de imediato, pois os trabalhadores que lutaram não podem ser penalizados pela ECT.
Lembrando que a paralisação não foi abusiva e foi deflagrada em razão do descumprimento da ECT do ACT em vigor, o que impediria qualquer desconto no salário dos trabalhadores. Cobrem dos diretores do sindicato seus direitos!

Boletim Informativo CSP-Conlutas nº 07 - Julho/2010
Construindo a CSP-Conlutas em Correios

Carlos Henrique Custódio e Pedro Bifano são demitidos. FORAM TARDE!!!!!

28/07/2010 19h02 - Atualizado em 28/07/2010 21h48

Lula exonera presidente e diretor dos Correios, informa ministério

Novo presidente é David de Matos, segundo Ministério das Comunicações. Decisão atende a recomendação da Casa Civil e do Planejamento.

Nathalia Passarinho
Do G1, em Brasília *

O presidente exonerado dos Correios, Carlos Henrique Custódio (Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil / 13.07.2010)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou nesta quarta (28) o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, e o diretor de Gestão de Pessoas da estatal, Pedro Magalhães, informou a assessoria de imprensa do Ministério das Comunicações, ao qual a empresa é subordinada.

De acordo com a assessoria do ministério, o novo presidente dos Correios será David José de Matos. Ele é engenheiro elétrico e foi funcionário por 26 anos das Centrais Elétricas do Norte do Brasil e secretário de Infraestrutura e Obras do Distrito Federal entre 2002 e 2004, durante o governo de Joaquim Roriz (PSC). Entre 2004 e 2007, foi presidente da Agência Reguladora de Águas e Saneamento do DF. O último cargo que ocupou foi a secretaria-geral da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).

Em lugar de Magalhães, assumirá Nelson Oliveira de Freitas, atualmente diretor do Departamento de Informação de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento. As dispensas de Custódio e Magalhães deverão ser publicadas na edição desta quinta (29) do "Diário Oficial da União".

A decisão de exonerar os dois executivos atende a uma recomendação da Casa Civil e do Ministério do Planejamento, incumbidos por Lula de elaborar um plano para recuperar a arrecadação dos Correios. Em 2009, a estatal registrou queda nos lucros.

O ministro das Comunicações, José Artur Filardi Leite, disse que a exoneração do presidente dos Correios se deveu principalmente à demora no pagamento de dívidas da empresa com fornecedores. Segundo o ministro, os credores da empresa reclamam um total de R$ 1,4 bilhão em pagamentos atrasados. Para Filardi, a dívida é menor –cerca de R$ 700 milhões.

Filardi também apontou atrasos na entrega de encomendas, a falta de funcionários e problemas na abertura de licitações para franquias dos Correios como motivos do desgaste de Custódio no cargo. “O governo entendeu que era preciso uma oxigenação”, afirmou o ministro. “Além disso, uma empresa pública precisa de renovação sempre.”

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, participaram de reuniões com o presidente Lula em que fizeram as recomendações sobre a troca de comando após apresentarem um diagnóstico da situação dos Correios, informou a assessoria do Planejamento. Uma das recomendações foi substituir a direção da empresa.

Questionado sobre o motivo de sua demissão, Custódio disse que há uma motivação política porque, segundo ele, do ponto de vista operacional, não há questionamento sobre sua gestão.

"Posso discutir todos os números: faturamento, produtividade, salários e comparar com outros correios do mundo", disse ele, ressaltando que, em sua gestão, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) conseguiu quatro anos consecutivos de lucro operacional.

A assessoria dos Correios disse que soube da demissão pela imprensa. No início da noite, Carlos Henrique Custódio compareceu a uma cerimônia de comemoração dos 150 anos dos ministérios dos Transportes e da Agricultura, da qual também participou o presidente Lula. "Todos fomos pegos de surpresa", afirmou uma assessora da estatal.

* Com informações da Agência Estado

Confira aqui.

TCU deve decidir sobre remuneração de franqueado

22/07/2010
De Brasília


Antes de qualquer revolução em seu modo de operar, os Correios precisam resolver o impasse histórico que envolve sua rede de franqueados. O sistema de franquias da ECT é questionado desde 1990, porque nunca foi feita uma licitação para contratação das lojas. Hoje, das 12,6 mil lojas dos Correios espalhadas pelo país, 1,5 mil são franquias. Apesar de serem minoria, essas lojas reúnem 5 mil empresários, empregam 20 mil funcionários diretos, 30 mil indiretos e respondem por cerca de 30% do faturamento total da ECT.

É esperado que o Tribunal de Contas da União (TCU) se pronuncie sobre a remuneração dos franqueados - uma questão ainda em aberto - na próxima semana. O Ministério Público Federal e o TCU têm pressionado a ECT para que sejam realizadas as licitações das lojas. No ano passado, uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília obrigou a estatal a substituir, em 180 dias, todos os contratos feitos sem licitação, mas em junho, às vésperas de vencer o prazo, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, decidiu suspender a decisão. A solução do dilema passou a se basear na Lei das Franquias Postais, de 2008. Com a decisão, o novo prazo de adequação vence no dia 10 de novembro.

Desde então, chegaram a ser realizadas cerca de 150 licitações, mas todas elas foram barradas por liminares da Justiça. Segundo Marco Aurélio de Carvalho, advogado da Abrapost, associação que representa os franqueados dos Correios, ninguém é contra o processo de licitação, mas é preciso alterar as regras do edital proposto pela ECT. "Somos rigorosamente a favor da licitação. É o melhor meio para se escolher o franqueado. Mas somos contra a maneira como ela vem sendo feita", diz Carvalho.

Os Correios, segundo ele, queriam reduzir a taxa de remuneração dos franqueados. Pela regra atual, a ECT paga ao franqueado uma participação sobre seus resultados, que varia de 40% a 10%. Quem presta a menor quantidade de serviços, tem uma fatia maior, enquanto quem vende mais, tem taxa menor. "Acontece que o edital previa que esses índices caíssem para 29% a 5%", comenta Carvalho. "Dessa forma, não há como o franqueado sobreviver."

O caso foi parar no TCU, que chegou à conclusão de que não há nada de errado com o edital. "Depois de uma avaliação técnica, concluímos que não havia razão para cancelarmos os editais. O processo inclusive acabou de ser aprovado por unanimidade", diz o ministro do TCU, José Jorge. "Agora cabe a cada juiz decidir se manterá a liminar ou não, mas a maioria dos juízes passa a considerar nossa avaliação."

Para a Abrapost, o entendimento que falta é o da remuneração. "Os poderes são independentes e é bom que sejam. A decisão do TCU não influencia em nada a da Justiça Federal", diz Aurélio de Carvalho, advogado da associação.

Segundo Carvalho, ECT e franqueados já negociam uma proposta e os Correios já teriam sinalizado com uma nova oferta em que a participação mínima fique entre 7,5% e 8%. "Se for isso mesmo, as franquias tendem a pedir que sejam retiradas as liminares obtidas na Justiça", diz o representante da Abrapost. "O cenário fica desinteressante, mas não inviável."

Só em São Paulo, há 400 franquias que esperam uma definição. A Abrapost estima que até 30% delas podem deixar de existir por inviabilidade econômica. (A.B.)

Fonte: VALOR ECONÔMICO-SP EMPRESAS

Estatal troca máquinas no valor de US$ 800 milhões

22/07/2010
De Brasília

A logística aérea não é a única preocupação dos Correios. No chão, uma série de projetos precisa sair do papel antes do fim do ano. Nos próximos dias, diz o presidente da ECT, Carlos Henrique Custódio, a estatal coloca no mercado o edital para renovação de suas máquinas de triagem, equipamentos de grande porte usados nos 52 centros de distribuição da empresa. São essas máquinas que agilizam os processos de separação e envio de cartas e encomendas.

Trata-se de um dos maiores projetos de renovação do parque de automação da empresa. A licitação tem valor estimado de US$ 800 milhões. A lista de grandes fornecedores que estão de olho no projeto tem nomes como Crisplant, NEC, Siemens e Toshiba.

Ainda na logística terrestre, o ano prevê a injeção de aproximadamente R$ 120 milhões na aquisição de veículos. No primeiro semestre do ano, os Correios compraram 3.445 motos, 1.248 furgões e seis carretas. Neste segundo semestre, serão mais 3.635 motos, 1.274 furgões e 38 carretas.

Apesar dos problemas de atrasos no início do ano, Custódio afirma que, em desempenho financeiro, a estatal não tem do que reclamar. O lucro da ECT atingiu R$ 333,1 milhões no primeiro semestre, uma alta de 169% sobre o mesmo período de 2009. Embora a comparação remeta ao período mais agudo da crise econômica, o presidente da ECT sustenta que a empresa cresceu 8,4% no ano passado. A receita em 2009 atingiu R$ 12,4 bilhões.

Com uma folha de pagamento de 108,4 mil funcionários - dos quais 56 mil são carteiros -, a estrutura dos Correios soma 12 mil pontos de atendimento suportados por 19 mil veículos.

Depois de viver uma sucessão de percalços operacionais e políticos - em 2005, foi alvo da CPI dos Correios, comissão que foi criada para investigar esquemas de corrupção em estatais e que deflagrou as investigações do mensalão no governo federal -, a empresa busca uma agenda positiva.

No médio prazo, diz Custódio, a ECT planeja abrir subsidiárias no exterior para apoiar transações de importação. O estudo de acordos para a instalação de postos de atendimento em países como Argentina, Estados Unidos e Portugal está nas mãos da agência brasileira de promoção de exportação e investimentos (Apex). Uma das alternativas é a instalação de postos dos Correios em agências internacionais do Banco do Brasil.(AB)

Fonte: VALOR ECONÔMICO-SP EMPRESAS

Companhia aérea da ECT depende de Lula

22/07/2010

André Borges, de Brasília

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está com um projeto finalizado nas mãos para montar sua própria empresa aérea voltada ao transporte de carga. Com valor total estimado em US$ 400 milhões, o plano dos Correios inclui a aquisição de uma frota de 13 aviões usados do porte de um Boeing 757, com preço médio de US$ 30 milhões por aeronave. A ideia é os Correios recorrerem a apoio financeiro do BNDES.

Para ser dono do negócio, a ECT vai montar uma subsidiária de logística em parceria com um sócio do setor privado. No plano original dos Correios, enviado há alguns meses ao Ministério das Comunicações (MC) e ao Executivo, a ideia era transformar a estatal em uma sociedade anônima (SA), mas essa opção já foi descartada.

"Desistimos dessa opção. Houve rejeição dos sindicalistas, que temiam perder a estabilidade dos funcionários, mas eles não entenderam qual era a nossa proposta, acharam que iríamos abrir capital em bolsa, o que não é a intenção", disse ao Valor o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio.

O projeto atual é manter os Correios 100% estatal, mas com participação em uma empresa de logística aérea. Na operação, a ECT quer ser o sócio minoritário, com uma fatia de 49%. O parceiro - uma companhia aérea ou um consórcio de aéreas - fica com 51%. O sucesso do negócio, segundo Custódio, depende do sinal verde do MC e do Executivo. O governo deve publicar uma Medida Provisória que permita aos Correios montar a subsidiária. Pelo modelo atual, a ECT não tem autorização para isso.

José Artur Filardi, ministro das Comunicações, diz que o aval do MC está dado. "Esse é o caminho viável para dar condições aos Correios de concorrerem de igual para igual com os outros", disse Filardi. "O que se aguarda agora é a palavra final da Presidência [da República]." Ou seja, a decisão está nas mãos do presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Atualmente, a ECT gasta R$ 350 milhões por ano com o aluguel de aeronaves. A frota, que pertence a empresas como Airbrasil, Beta, NTA e Rio, soma nove aviões de médio e grande porte. Nas regiões Norte e Nordeste, a distribuição dos Correios se apóia em mais oito aeronaves pequenas. Boa parte dos aviões usados, segundo Custódio, são antigos e consomem muito combustível.

Outro problema é que cada contrato com fornecedor está limitado a uma determinada rota e horário. "Hoje temos uma média de 12 horas de transporte aéreo diário", diz Carlos Henrique Custódio. "Com nossos próprios aviões, teremos quase 24 horas de voo, com um mínimo de interrupção."

No projeto dos Correios está a proposta de comprar aeronaves que tenham cerca de 15 anos de voo, usadas por passageiros, para então adequa-las ao transporte de cargas. "Temos de deixar de ser os Correios para nos tornarmos uma empresa de logística", diz Custódio. "Hoje usamos um modelo de transporte aéreo que atende, mas que tem riscos e limita a expansão dos serviços."

A reestruturação dos Correios tem sido cobrada insistentemente pelo presidente Lula. No início do ano, a ECT enfrentou uma forte crise em seu transporte de cargas depois que, repentinamente, uma série de aeronovaes deixou de voar. Custódio reconhece a gravidade do problema, mas afirma que boa parte de sua causa deve-se à lentidão para fazer novas contratações.

Nos últimos meses, a ECT tem sido alvo constante de reclamações sobre atrasos. Em meio à pressão que paira sobre a empresa, chegou a ser cogitada a troca de toda a sua diretoria, o que não ocorreu. Na semana passada, o governo exonerou Marco Antonio Oliveira, que ocupava a diretoria de operações dos Correios. As dificuldades atuais da estatal incluem ainda a necessidade de resolver a situação dos contratos com 1,5 mil franqueados, que foram licenciados sem licitação.

Enquanto tenta resolver seus problemas internos, a ECT vê crescer o apetite da concorrência. Na área de logística, multinacionais como FedEex, DHL e UPS têm ampliado regularmente suas operações no país, sem contar o peso de empresas nacionais como Cometa, TAM Cargo, TNT e VarigLog. "Não é uma equação simples. Hoje empresas como FedEx e DHL têm 500 aviões cada. No Brasil, nós temos mais de 2 mil concorrentes", diz Custódio. Com o monopólio do transporte de cartas e informes bancários, os Correios tentam se mexer para crescer no transporte de encomendas. "Hoje temos 35% do mercado de entrega expressa. Em cidades como Rio e São Paulo, os 'motoboys' são os grandes concorrentes."

As mudanças na ECT, diz o ministro das Comunicações, José Artur Filardi, são vitais para o sucesso da operação, mas é preciso lembrar que não acontecem de uma hora para a outra. "Não é só a publicação da MP que vai resolver os problemas. As coisas não mudam da noite para o dia."

Pelas projeções dos Correios, a subsidiária de logística aérea da empresa tem condições de operar em um ano, a partir do momento em que o governo bater o martelo.
 

Exportações brasileiras via postal batem recorde

22/07/2010

As exportações brasileiras por via postal bateram o recorde de US$ 127 milhões no primeiro semestre. As remessas de produtos para outros países por meio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e de outros operadores nos primeiros seis meses do ano já equivalem a 62,1% do montante alcançado em todo o ano de 2008, quando foi obtido o melhor resultado das exportações simplificadas por rede postal. No mês de junho, as vendas externas chegaram a U$ 21 milhões, o que representa um aumento de 53% em relação ao mesmo período de 2009.

O volume exportado, no entanto, teve queda quando comparado a maio deste ano. No quinto mês de 2010, as vendas internacionais por via postal alcançaram o patamar de US$ 23 milhões. A redução é considerada normal para a época, devido a variações de mercado, de acordo com a área técnica da Subsecretaria de Serviços Postais do Ministério das Comunicações. A queda nas exportações entre maio e junho também ocorreu nos últimos quatro anos.


Os principais destinos das remessas foram os Estados Unidos (23,53%), a Argentina (7,73%) e o México (6,36%). As exportações simplificadas têm se expandido porque reduziram os custos do embarque para micro e pequenos empresários. O principal instrumento desse processo é o programa Exporta Fácil, que foi criado há dez anos pelo Ministério das Comunicações e é operado pela ECT. Por meio do projeto, a burocracia no despacho aduaneiro ficou reduzida a apenas um formulário.
 
Confira aqui.

Pra resistir, pra ocupar, CSP Conlutas pra lutar!

Saudações revolucionárias!

Estamos construindo a CSP-Conlutas nos Correios de Santa Catarina e para facilitar a comunicação a divulgação das lutas da categoria e da classe trabalhadora criamos este blog. Além disso, pretendemos integrar a comunicação para que as entidades e movimentos que compõem a central possam organizar lutas em todo o país.
Mais do que isso, acreditamos que a comunicação é essencial para a disputa ideológica com patrões, governos e discursos dominantes. É fundamental para disputarmos o poder na sociedade.

Também inauguramos nosso canal do youtube para que possamos mostrar aos trabalhadores o que realmente acontece nas assembléias da categoria no estado além dos encontros nacionais.

Acesse também: www.youtube.com/ConlutasCorreios