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quinta-feira, 17 de março de 2011

Funcionários dos Correios de Paulínia estão em greve por melhores condições de trabalho

Os funcionários dos correios de Paulínia iniciaram uma paralisação na manhã desta quarta-feira (16). E o surpreendente é que não estão reivindicando aumento de salários ou redução de jornada trabalho, e sim condições de trabalho.

De acordo com Hernandes Alves, que é funcionário na unidade de Paulínia e também diretor do sindicato na região, a paralisação é em respeito à população de Paulínia, que não vem recebendo suas correspondências em dia.

A exigência dos funcionários é que o efetivo, que hoje conta com 23 carteiros para atender toda cidade, seja aumentado no mínimo em 12 pessoas, que seria o mínimo para atender a cidade.

Para se ter uma idéia, regiões da cidade que comportariam 3 carteiros para atender a demanda, trabalham hoje com apenas 1 carteiro. E o pior é que em outros bairros não existe sequer um, então um único funcionário tem que ficar se revezando entre bairros para tentar diminuir os atrasos.

Varios fatores vem contribuindo para os atrasos. Um deles é  o crescimento da cidade, que aumentou em muito o número de correspondências. Mas esse não é o único problema, há dois meses os correios passaram a fazer a entrega das contas de água, que gerou mais uma vez um enorme aumento no número de correspondências. Outro fator é que diversos funcionários deixaram os correios, por não agüentaram o ritmo do trabalho devido a escassez de funcionários. Há mais de 3 anos esse efetivo que já é pequeno vem apenas diminuindo, e nunca as vagas são repostas.

Os carteiros informaram à nossa reportagem que sentem até medo de realizarem as entregas, pois estão sofrendo ameaças nas ruas, e até passando por discriminação, sendo chamados de vagabundos, como se o problema nos atraso fosse deles.

Hernandes explicou também que uma correspondência que chega à distribuição deve ser entregue no mesmo dia, mas que no momento os atrasos podem passar  por vários dias, devido a situação.

Os funcionários informaram que só voltarão ao trabalho assim que a gerência regional, que prometeu comparecer ainda hoje em Paulínia, passar uma posição a respeito do assunto, ou mesmo um planejamento para diminuir essa defasagem.

“Não queremos aumento de salário, só queremos entregar as cartas, fazer nosso trabalho e ir pra casa em paz, sem medo, sem ameaça e com a satisfação de dever realizado”. Essas foram as palavras que todos os carteiros falaram durante a entrevista.

Leia aqui.

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