Ontem foi o dia de mobilização nacional contra o SAP e de chamar a população para apoiar os trabalhadores dos Correios na luta contra o assédio moral e por melhores condições de trabalho. O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios Em Pernambuco – SINTECT-PE, realizou nesta sexta-feira (23), em frente ao edifício sede dos Correios, um ato para conscientizar a categoria sobre o assédio moral e também esclarecer e chamar a atenção da sociedade para a mais nova ferramenta da ECT, o Sistema de Avaliação de Produtividade (SAP).
A movimentação da categoria começou logo cedo. Para informar a população sobre a atual situação dos carteiros de Pernambuco e do Brasil, o SINTECT-PE entregou uma carta aberta para os recifenses que transitavam pelas ruas do centro da cidade. O objetivo da carta foi denunciar as péssimas condições de trabalho, falta de mão de obra, assédio moral, insegurança e violência. Nos últimos tempos, o número de assaltos nas agências de Correios vem crescendo cada vez mais.
Mas a ação de conscientização foi realizada, principalmente, para marcar o Dia Nacional de Luta Contra o SAP, ferramenta criada pelo Governo Dilma e pela ECT. Conhecido ironicamente pela categoria como Sistema de Assédio e Perseguição, o SAP funciona como um tipo de opressão e assédio moral para o trabalhador, que tem suas atividades monitoradas. “Estamos nas ruas para denunciar a forma truculenta como o atual Governo e a ECT vem tratando o trabalhador dos Correios. O ecetista vem sofrendo constantes ataques das autoridades. Não precisamos de um sistema de perseguição, mas sim de melhores condições de trabalho”, disse Marcos Roberto, Secretário Representante na Federação e Central Sindical.
Segundo Maria Alves, Secretária de Combate às Opressões, o SAP ataca não apenas o trabalhador ecetista, mas também a população que necessita dos serviços dos Correios. “Não se trata apenas deste novo sistema de avaliação, mas também das condições oferecidas aos carteiros, aos atendentes, etc. Além de termos um profissional estressado e cada dia mais doente com a pressão, as pessoas saem perdendo, pois a demanda de correspondências é cada dia maior e o número de empregados é bastante insuficiente. Por isso, temos que tomar esta luta pra gente e se juntar à categoria para que todos saiam ganhando”, complementou.
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