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terça-feira, 24 de abril de 2012

Manifesto da Oposição CSP-Conlutas RJ aos Trabalhadores dos Correios

MANIFESTO AOS TRABALHADORES DOS CORREIOS

Plebiscito sobre desfiliação da FENTECT aprovado no V CETECT-RJ fortalece a construção da FNTC como alternativa de direção nacional com independência do governo e direção da Empresa



A Oposição CSP-Conlutas dos Correios do Rio de Janeiro saúda todas as iniciativas de ruptura com a falida FENTECT e a luta pela construção de uma verdadeira alternativa de lutas, independente dos patrões do governo e da direção dos Correios. Para isso, é imprescindível a discussão e a tomada desta decisão junto com os trabalhadores em cada local de trabalho. O plebiscito já, na base da categoria será oportunidade ímpar de tomar essa necessária decisão.

Queremos reivindicar o acerto político que foi a criação da FNTC - Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios, nos dias 04 e 05 de fevereiro de 2012, na 1ª Plenária Nacional onde participaram os SINTECTs de Pernambuco, Paraíba, Piauí, São José do Rio Preto, São José dos Campos e alguns dirigentes do SINTECT-RS; quando foi eleita sua primeira direção provisória.

A conformação da FNTC confirmou-se como acerto político importante, em alternativa ao governismo, aos golpes e traições impostas à categoria pela maioria da direção da FENTECT composta pela ARTICULAÇÃO SINDICAL-CUT e também pela CTB, hoje rachada pela disputa de aparatos.

Hoje, os mesmos dirigentes da CTB que ao longo dos últimos tempos vêm defendendo o governo e apoiando incondicionalmente as traições da direção da FENTECT, agora inseriram o debate sobre rompimento com aquela Federação, e para tanto aprovaram nas direções dos sindicatos do RJ e SP a desfiliação da FENTECT e anunciaram a criação de uma outra “Federação Classista”. Hoje estão por trás de um discurso de esquerda e de independência, no entanto, são os mesmos que estiveram a frente da traição da categoria com o acordo bianual em 2009, por exemplo.

Neste sentido, para que sejam consequentes com o que anunciam, desafiamos que a CTB rompa também com o governo e a direção da ECT, e venha construir de fato e pela base uma organização nacional de luta, combativa, democrática, autônoma e sem rabo preso com o governo e a empresa.

Por outro lado, nossas iniciativas de também convocar esta assembléia de hoje, dia 20 de abril, em momento algum significa qualquer tipo de aliança ou unidade de ação com setores que ainda insistem em defender a falida FENTECT. Ao contrário, não queremos e não vamos disputar a direção da FENTECT. Nossa ida ao XI CONTECT deve servir unicamente para construir um Plano de Lutas Unitário que se enfrente contra o governo, para derrotarmos o SAP e o conjunto de ataques que estão colocados pelo governo contra a classe trabalhadora.

Proporemos também ao XI CONTECT aprovar uma Campanha Salarial Unificada com as demais categorias com data-base no segundo semestre. A começar pelo chamado imediato de incondicional apoio concreto aos Servidores Públicos Federais que farão paralisação nacional em todo o serviço público, no próximo dia 25/04.

Levaremos também ao XI CONTECT uma Pauta Nacional de Reivindicações construída pela base da categoria em cada sindicato filiado a FNTC, desde já. E como sabemos, quem deve assinar os Acordos Coletivos de Trabalho são os sindicatos. E por isso, diferente dos outros anos, os sindicatos que compõem a FNTC não vão dar essa autorização ao “Comando de Negociações” a ser eleito pelo XI CONTECT. Vamos eleger um novo Comando Nacional de Mobilização e Negociação, diretamente nas instâncias de base da categoria, por companheiros provados na luta, que não se vendam para o governo e a direção da empresa, em troca de cargos, como fizeram nos últimos anos os dirigentes sindicais da CUT e CTB.

Para que todas as negociações estejam subordinadas às mobilizações, caberá a este Novo Comando pautar e se colocar a frente das lutas contra os ataques do governo aos direitos, ações, mobilizações e greves da categoria, bem como contra as iniciativas privatizantes materializadas na Lei 12.409/2011 aprovada pelos parlamentares do PT e PCdoB.

Assim, fruto das sucessivas traições da FENTECT há de fato um forte sentimento de insatisfação da categoria em todo o país. Neste espírito, a FNTC definiu que no prazo máximo de 30 (trinta) dias após o término do XI CONTECT, todas as entidades sindicais que a compõe realizarão assembléias gerais específicas para fazer o balanço do XI CONTECT e decidir sobre a continuação de nossa permanência na FENTECT ou nossa desfiliação da mesma.

Mas, hoje, com a dinâmica dos fatos, a realidade que se apresenta é nova. E frente a ela e todas as traições, golpes e a possível de falta de democracia e truculência ocorridas nos últimos eventos e instâncias da FENTECT – fato que poderá reproduzir-se durante a construção e realização do XI CONTECT – já alertávamos que estava colocada como possibilidade real a ruptura de entidades sindicais antes do XI CONTECT.

Por último, mas não menos importante, reafirmamos nossas posições políticas citadas acima, já expressas nos setores de trabalho onde estivemos chamando a realização e participação nesta assembléia, para aprovar um plano de lutas contra o SAP e para eleger os delegados ao XI CONTECT:

Reafirmamos o nosso chamado à construção de uma nova direção nacional para a categoria e apresentamos a FNTC já criada como uma organização nacional de luta, combativa, democrática, autônoma e independente, sem rabo preso com o governo e a empresa.

Oposição Sindical CSP-Conlutas nos Correios-RJ, filiada a FNTC

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