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domingo, 8 de julho de 2012

Escoltas armadas acompanham carteiros para reduzir assaltos

Correios disseram que escolta não é para todas as regiões, apenas para as consideradas áreas de risco. Serviço de entrega passou a chamar atenção por causa das compras de produtos pela internet.

Veja a reportagem do Jornal Nacional






Carteiros que entregam encomendas em regiões perigosas de São Paulo saem agora com escolta armada para evitar assaltos.

O nervosismo do motorista que entra na agência de correios na Zona Sul de São Paulo tem motivo. Ele acaba de ser assaltado pela nona vez desde janeiro.

“Eu sai daqui era nove e cinquenta. São dez e pouquinho e os caras meteram o cano em mim aqui embaixo. Levaram as encomendas todas”, conta ele.

Traumatizados, alguns carteiros foram afastados do trabalho por recomendação médica.

“Na sexta vez, eu parei de ficar contando. Não é um recorde agradável de ficar lembrando”, diz um deles.

Para reduzir os assaltos, escoltas armadas agora acompanham os carros de entrega em algumas regiões da cidade, em dias alternados. Os seguranças vigiam o tempo todo.

Os Correios não divulgam números sobre assaltos. A empresa diz que a escolta armada não é para todas as regiões, mas apenas para aquelas que são consideradas áreas de risco. O serviço de entrega passou a chamar a atenção por causa das compras de produtos pela internet.

Os assaltantes visam principalmente as entregas rápidas, lacradas, que levam de cartões de crédito a produtos eletrônicos. Um motorista, assaltado nesta sexta-feira (6), nem sabe o que tinha no caminhão dele. Desde janeiro, ele diz que só saiu escoltado uma vez.

"É um tipo de sorteio, é uma área perigosa, então ela obrigatoriamente ela sai com escolta", fala ele.

Outra estratégia da empresa, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, é revezar a escolta.

"Quase sempre o correio tira de uma região para colocar em outra. Isso não resolve, só piora o problema. Enquanto ele tira de uma região para colocar em outro, naquele setor que ele tirou a escolta, naquele momento está acontecendo assalto”, aponta o funcionário do Sindicato dos Carteiros de SP, Ricardo Souza

Segundo os funcionários, a orientação da empresa é entregar em qualquer lugar. Para outro carteiro, é um trabalho de risco.

“Tem várias empresas que entregam encomenda, não entram naquele lugar, aí eles postam a encomenda no correio. Aí o correio vai lá e entrega”, fala ele.

No mesmo dia, um motorista foi abordado por assaltantes duas vezes. Na segunda foi só uma tentativa.

"Eu falei olha, chegou atrasado. Não tenho mais nada, acabei de ser roubado. Abri o carro para ele confirmar que não tinha nada. O ladrão ainda me mandou ir com Deus. ‘Boa sorte, vai com Deus’. Em um dia só queriam me roubar duas vezes seguidas”, lembra ele.

Em nota, os Correios informaram que fazem investimentos em tecnologia de rastreamento de cargas e trabalham em conjunto com os órgãos de segurança pública de São Paulo para diminuir os roubos de encomendas. A empresa indeniza os remetentes das mercadorias roubadas.

Jornal Nacional - 06/07/2012

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